Um profissional cheio de possibilidades que, além de reinventar, construiu um caminho na falta de caminho do Jornalismo de Teófilo Otoni. Trata-se de José Prado. Ele gere, produz, redige,comercializa e ancora o programa "Jornal das Sete" que é levado ao ar, há quase vinte anos, pela Tevê Imigrantes, às 7h, de segunda a sexta-feira. Dono de uma linguagem que rema pela desconstrução de formas jornalísticas, José Prado fez a clara opção de deixar de falar com as elites - embora fale - para falar com os setores que só são alcançados por um novo modo de repassar a notícia. E esse novo modo insiste em romper com o formalismo acadêmico, permitindo que o povo fale pela voz de José Prado. Ou seja, o povo se ouve quando José Prado fala. Afinal, parece ter a sua cara.

Tomando o caminho do risco e fazendo o que muitos temiam, o âncora do "Jornal das Sete" vai arrebatando pontos importantes de audiência, o que lhe abre as portas para o anúncio direto. Quando uma empresa quer vender um produto ou serviço ao povo, precisa socorrer-se em Prado. Ele vende porque sabe se entender com o povo que nem sempre quer ouvir o que é dito nos velhos padrões. Logo, afrontar regras impostas pela Língua clássica e pelos modelos do que parece ser chique é o seu forte, já que não tem a pretensão de ensinar. "O povo não é tolo. O povo sabe das coisas, e busca em mim a confirmação daquilo que sabe. Assim, espelho o pensamento que vem das ruas. A formalidade e a padronagem não tem link com o que é popular", disse José Prado ao editor do VOX.